ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Um Estranho Numa Terra Para Nós Também Estranha
“Talvez por ser tudo a mesma coisa e mesmo assim nunca chegarmos a lado nenhum.”
Num conjunto de imagem espetaculares (com sombras de cariz nómada) obtidas recentemente pelas câmaras instaladas no veículo motorizado da sonda norte-americana Opportunity (movimentando-se sobre a superfície do planeta desde 25 de Janeiro de 2004), é possível sugerir (através da análise da sequência de imagens recolhidas no seu 4662º dia de estadia no planeta Marte) a possibilidade de estarmos em presença de algum tipo de entidade alienígena que no seu trajeto através da região onde se encontrava o artefacto (terrestre) e ao encontrá-lo (sem qualquer tipo de intenção dirigida), aproveitou a ocasião para descansar, se apoiar progressivamente nele e descaindo, acabando por se estender e adormecer. Como a observação visual e analítica de qualquer um de nós procurando desesperadamente novas formas de vida, o confirmaria – e mais uma vez e tal como as entendemos com as mesmas (imagens) a serem o reflexo de um objeto real. Com a cabeça da entidade (à esquerda) a descair juntamente com o resto do corpo (como sobre o assento de uma mota).
Com o humanoide deixando-se adormecer
Descaindo progressivamente sobre o veículo de apoio
Algo de compreensível e de absolutamente lógico para qualquer tipo de organismo terrestre (como qualquer máquina parando para se recarregar), habituado à reação do atrito e da força de gravidade (num Universo Elétrico orientado por campos Magnéticos) e convivendo simultaneamente com ambas, neste sistema partilhado e de consumo obrigatório: onde tudo o que existe faz parte de um todo em movimento, necessitando de recursos energéticos para se transformar e evoluir (naturalmente) e onde a Matéria (sendo a matéria-prima fundamental e o centro mineral da estrutura central) vista como una, diversificada e interativa, é o centro da fonte de Vida e ao mesmo tempo a plataforma básica de processamento. Necessitando forçosamente de fazer uma pausa, reorganizar pequenos detalhes, introduzir alterações imprevistas, readaptar ideias e objetivos, repensar em estratégias … e só depois de parar e de retemperar bem as forças (dormir e sonhar faz sempre bem), então levantar-se de novo e regressar à estrada. Como o terá feito a entidade face a tão extenso e penoso percurso.
Com o humanoide a ser apanhado numa verdadeira travessia do deserto
Integrando um toque de aventura, um pouco de risco, mas também de calor e de desejo
Com os habituais consumidores das Teorias da Conspiração a poderem afirmar tratar-se de um ser biomecânico de contornos obviamente humanos (apesar dos seus limites não curvilíneos, apresentando várias arestas intrusivas e denunciando alguma falta de flexibilidade adaptativa dos seus materiais constituintes), atravessando uma parte da superfície marciana num percurso prolongado, certamente pouco recomendável e sobretudo solitário e deparando-se no seu caminho com um objeto não relevante mas podendo-lhe proporcionar alguns momentos de diferença, simplesmente utilizado mas não escrutinado. Por um acaso (para nós e por uma necessidade para o ser) com o mesmo expondo-se às espreitadelas (das câmaras) e permitindo a sua revelação. Entendendo-se todo o trabalho árduo e persistente desenvolvido pelo ser biomecânico (demonstrando experiência, insistência, organização, objetivo e inteligência) correlacionando-o com o seu ecossistema e com as suas referências orgânicas: um sistema semelhante ao da Terra mas noutro período cronológico da sua evolução, onde ser orgânico será uma condição proibitiva mas onde a parte mineral poderá ser dominante e tomar o comando das operações. Ou não fosse o nosso corpo esmagadoramente constituído por água e outros elementos de origem mineral.
Na Terra como no Céu ou até noutro planeta
O símbolo fálico ereto (mesmo que impotente) e sempre omnipresente
Na sequência de mais esta revelação comprovando que o planeta Marte jamais estará morto (até agora não se tendo encontrado nenhum relógio que possa contrariar o facto de ainda não se terem encontrado registos oficiais certificando o nascimento e a morte do mesmo) – e após detalhada observação das protuberâncias apresentadas pelo nosso Rover e seu possível significado para a entidade presente – tendo-se concluído após mais um período de reflexão (profunda), sem qualquer tipo de restrições (como tal abrangente), sem nenhum exercício de condicionamento (mesmo que referido como não ético) e sendo suscetível de utilização em todas as áreas temáticas (curiosamente a nós próprios aplicadas), que o desejo do ser poderia não ser só o de se movimentar mas também o de comunicar (e de interagir). Isto porque no Universo (onde existimos) o mais certo é tudo ser baseado no mesmo molde – se o quisermos material (com todos os nossos órgãos ativos incluindo o reprodutor) e até mesmo espiritual (desejando não ser o único e tendo como objetivo socializar).
Pelo que após detalhadas investigações coordenadas a partir da Terra e levadas a cabo por equipas completamente isoladas, independentes e (já agora) imparciais constituídas exclusivamente por especialistas (para o produto final não ser afetado por qualquer tipo de intrusão vinda do exterior – e além do mais tornando a afirmação dita por eruditos irrefutável), a conclusão não só era evidente como estava logo ali à nossa frente: o que na realidade se passara e que em nada contrariava uns e outros dos adeptos de duas ou mais versões, era que uma das protuberâncias pertencentes ao nosso Rover talvez tendo sido excitada por um aumento brusco do nível de raios solares e dos raios cósmicos aí presentes, tomara a iniciativa no processo e no seu movimento ereto e inconsciente (desenvolvido no exterior mas passando praticamente impercetível) reagira, produzindo sombras, construindo imagens e fazendo-nos imaginar objetos – obviamente de desejo. E á qual a Máquina utilizando o seu processador não conseguiu resistir.
(imagens: nasa.gov)