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Um Mundo e Muitos Sinais 1/2

Terça-feira, 17.03.15

Novos Ficheiros Secretos – Albufeira XXI
A Estreita Relação entre Realidade e Imaginário
[Os Trilhos são Muitos (livro) – A Redução está na Mente (capítulo)]

 

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Suponhamos que há cerca de 5 biliões de anos e como resultado de uma interacção ocorrida entre matéria e energia (provocada pela inserção neste conjunto elementar de um outro parâmetro sempre presente, mas podendo aparecer em diferentes estados de intrusão – o movimento), algo semelhante a uma molécula gigante e por acção de diversas forças interestelares em presença entrou em colapso, explodindo de imediato com extrema violência (E = M x C²) e espalhando todo o conteúdo nesse foco criado por todo o espaço (infinito) que o envolvia. A esse momento poderíamos chamar o BIG BANG ou seja, não a data por nós escolhida para celebrarmos o nascimento do Universo, mas somente (não deixando de ser para o Homem o seu momento fulcral e de criação do seu futuro espaço de vida) o Dia da Independência e declaração de existência do nosso Sistema Solar. Quanto ao Universo e não se regendo o mesmo pelas leis superiormente criadas pelo Homem (na tentativa de criar a sua Religião e Deus à sua imagem), logicamente terá sempre existido, não se limitando por definição (de Infinito) aos momentos por nós definidos como o do nascimento e da morte, mas estendendo-se para lá destes pontos virtuais. Aliás foi o Homem que na sua inconsciência e sabedoria afirmou que “nada se perde, nada se cria e tudo se transforma”.

 

Suponhamos que até ao aparecimento de vida no nosso planeta (ocorrida 0,5 biliões de anos após o BIG BANG) entretanto todas as poeiras assentaram e a partir daí se constituíram definitivamente os planetas, luas e restantes corpos celestes. Por essa altura os agregados de maior dimensão ou densidade seriam certamente mais de doze. E aparentemente todos poderiam ser acompanhados por um outro elemento, em princípio posto à disponibilidade de todos: a vida. Mas como tudo o que se transforma inevitavelmente evolui (seja em que direcção for), nem tudo ficou igual e ao longo de mais de 4 biliões de anos muito se alterou. Além da desintegração de pelo menos dois dos seus grandes planetas de referência que deram origem à relativamente próxima Cintura de Asteróides e à mais longínqua Cintura de Kuiper (uma infinidade de fragmentos de maiores ou menores dimensões muitos deles ainda hoje em stand-by e com muitos outros viajando solitariamente ou acompanhados pelo espaço), outro fenómeno extremamente violento terá decorrido simultaneamente e em paralelo. Recordemos que actualmente enquanto os quatro planetas interiores (Mercúrio, Vénus, Terra e Marte) são maioritariamente sólidos e constituídos por pedras e metais, os outros quatro planetas exteriores (Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno) ou são gigantes gasosos constituídos sobretudo por hidrogénio e hélio ou então planetas gelados de água, amónia e metano.

 

Suponhamos que quando se deu o nosso BIG BANG (mais rigorosamente na galáxia a que pertencemos a VIA LÁCTEA e que por coincidência tem sensivelmente a mesma idade) muitos sistemas apareceram, uns perdendo-se nas correntes violentas da criação, outros transformando-se noutras versões de matéria/energia/movimento e até outros formando sistemas planetários organizados e constituindo um conjunto relativamente uniforme de objectos, tendo todos eles um mesmo ponto de referência e uma fonte de energia comum que os suportasse. Um desses pontos de referência e fonte de energia comum foi uma estrela (o SOL), foco de origem do Sistema Solar. E como na dimensão INFINITA um único ponto visto isoladamente (o erro de paralaxe que não admitimos) não tem expressão que verdadeiramente o classifique como um valor (talvez zero), se o Sol apareceu como centro, naturalmente o que ele forneceria seria distribuído por todos. Como terá acontecido com a vida. Todos os planetas se terão candidatado (em condições iniciais muito semelhantes) à presença de vida no espaço por si ocupado, evoluindo como sempre acontece para formas superiores mais organizadas e elaboradas (capazes de experimentar e compreender) e finalmente transformando, criando e construindo (com suas próprias mãos) os dois alicerces centrais de todo este edifício: vida e inteligência. Só que mesmo em espaços pequenos as transformações nunca param e conforme os contextos em que eles se dão, se por um lado o destino é o mesmo a sequência de propagação é sempre diferente. Começa num lado e acaba no outro – saltando depois de sequência.

 

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Suponhamos que terá existido vida talvez mesmo inteligente, entre todos esses planetas inicialmente existentes no Sistema Solar. Que seriam mais de doze ou até muito mais do que isso. Mas para facilitar o raciocínio e até porque a quantidade pode provocar mais confusão e originar falta de credibilidade, limitemo-nos apenas a doze: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, X (que originou a Cintura de Asteróides), Júpiter, Saturno, Úrano, Neptuno, Plutão, Y (que originou a Cintura de Kuiper) e Z (um outro planeta entre muitos outros, ligados à formação da Nuvem de Oort). Antes de tudo e do que de mais se verá, convém relembrar que toda esta região que envolve a nossa estrela (o Sol) está sujeita à acção e influência de constantes ventos solares, sendo os mesmos unicamente detidos aquando da sua chegada à heliopausa, devido ao estabelecimento do equilíbrio entre forças internas e externas exercidas sobre o Sistema Solar. Desse modo se cria uma bolha de protecção solidária e igualitária a ser sistematicamente disseminada por todo o sistema, originando igualdade de oportunidades assentes nesse precioso equilíbrio e na certeza da continuidade da protecção da acção dos raios cósmicos oriundos de outras bolhas (galáxias): como se de uma célula em desenvolvimento se tratasse, rodeada de uma ou de mais membranas protectoras e com a sua forte presença defendendo o seu núcleo de possíveis intrusões de outras células adjacentes. Daí e até à sua total estruturação evolutiva sendo só um instante.

 

Suponhamos que inicialmente todos estes planetas estariam muito vivos e extremamente felizes. Como se vivêssemos numa cidade ou então na sua periferia, mas em qualquer dos casos com ambientes e condições muito semelhantes para a existência de vida. O que aconteceu a seguir tornou-se (por evidente relação íntima com o ponto de vista anteriormente reportado) numa opção bastante racional (emocional) e nesse sentido credível (porque não?), chegando mesmo a atingir de uma forma inesperada e surpreendente, picos máximos (e porque não estranhos) de atitudes e comportamentos – capazes de (vejam lá) conjugar opostos sempre separados. Mesmo em casos envolvendo relações humanas e contando com indivíduos perdidos circulando como zombies: entre liberdade e prisão, mas nunca reconhecendo uma (os normais e a liberdade) ou protegendo ferozmente a outra (os anormais e a prisão). Mas porque seria? Porque só se dá valor aquilo que se conhece (nós) e nunca ao que se oferece (eles). O Sistema Solar era uma célula gigante. Tudo se manteve normal nos primeiros tempos: ordenados, bem distribuídos e protegidos. Mas como sempre acontece um dia a membrana partiu-se e o sistema abriu-se ao Universo: aí as regras mudaram. Mas afinal de contas (já agora) como poderíamos definir melhor o momento do nosso BIG BANG (solar), se quiséssemos inserir integralmente essa grande performance cósmica, na nossa cronologia defensiva e limitada? Tratasse de um modelo assente num processo de simples replicação, por interacção entre um espaço ainda não ocupado e células pré-existentes ocupando espaços adjacentes: como as bolhinhas que aparecem (como que empolgadas ou alucinadas) correndo umas atrás das outras.

 

Suponhamos que o Sistema Solar se formou, se desenvolveu e atingida a maior idade se libertou. A membrana que o envolvia desintegrou-se, deixando de ser a muralha solar – ficando a partir daí completamente escancarada a porta para o exterior e ao mesmo tempo profundamente exposto o intimo do sistema. Com o passar do tempo o Sol foi alterando de uma forma significativa a sua intervenção, tornando-se incerto, evasivo, por vezes duro e outras inexistente: e quebrada a bolha que mantinha o sistema equilibrado desde há milhões de anos, as condições globais deterioraram-se e para alguns dos planetas que de início o constituíam o pesadelo concretizou-se. Uma grande explosão varreu a periferia do nosso sistema, originando o que mais tarde seria a Nuvem de OORT – resultado de um choque violento entre regiões adjacentes e bastante energéticas, pertencentes à Via Láctea; este pré-condicionamento que se estendeu até ao centro do Sistema sobrecarregando as condições de funcionamento da nossa estrela, não só condicionou a sua acção em todo o espaço circundando a mesma, como causou a mudança dos seus raios emitidos e do calor/energia que os mesmos transportavam – extremando condições em certos pontos do sistema e pondo em causa a estrutura original do mesmo e até as condições de existência de vida. Com o passar do tempo os ajustes sucederam-se e o Sistema Solar passou por um período de grande actividade e cataclismos renovadores.

 

(Fim da 1.ª parte de 2)

 

(imagens – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 15:51