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Um Mundo e Muitos Sinais 2/2

Terça-feira, 17.03.15

Novos Ficheiros Secretos – Albufeira XXI
A Estreita Relação entre Realidade e Imaginário
[Os Trilhos são Muitos (livro) – A Redução está na Mente (capítulo)]

 

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Suponhamos que a partir desse momento tudo se alterou e se anteriormente a vida se estendia tranquilamente por toda a extensão do Sistema Solar, a partir daí teve que se tornar nómada e para sobreviver teve que procurar outros mundos. À medida que nos aproximávamos do Sol a temperatura ia subindo, mas nos extremos o clima tornava-se insuportável. Os passos seguintes eram previsíveis: sob elevada pressão algo de titânico se passou e talvez como resultado duma grande colisão ou de centenas ou milhares de outras, pela pressão exercida pela matéria e energia exterior ao nosso sistema e até pelas forças de reacção produzidas pelo Sol, muitos mundos foram decaindo (e extinguindo-se), outros foram abandonados (morrendo) e até nalguns casos, fugitivos desses mundos ainda encontraram exílio (próximo). E no fim desta fase do processo, com cometas, asteróides e muitos outros corpos celestes (sólidos, líquidos, gasosos ou encontrando-se noutro estado) em constante movimento e repetida interacção, contando ainda aqui e ali com o aparecimento de grandes cataclismos mesmo nas proximidades do Sol (o equilíbrio deve chegar sem excepção a todos os pontos do conjunto) – como foi o caso do aparecimento da Cintura de Asteróides – ficamos com um único planeta ainda revestido de vida. Para simplificarmos a ideia aqui aparentemente exposta, a Terra surge nesta história como o antepenúltimo planeta a poder afirmar ter vida ainda por cima inteligente: aos outros terá restado água e mais uns quantos gases e calhaus. Num esquema de concretização muito simples e analisando a história recente numa perspectiva de anos-luz, a Vida acaba de saltar de Marte para a Terra: e se olharmos para trás vemos o (nosso) passado e se olharmos para o Sol o nosso futuro. Talvez num sítio calmo e por essa altura ameno como o poderá ser o jovem planeta Vénus. Nunca esquecendo que um dia a mãe morrerá e se quiserem viver os filhos terão que partir.

 

Suponhamos que nos encontramos agora em pleno século vinte e um e estando a viver o presente um dia antes do futuro, já não precisamos mais de nos preocupar (em supor), mas apenas em observar: os SINAIS. O sistema Solar continua a sua caminhada pelo espaço sideral, tendo como referência o Sol (estrela de meia-idade) e transportando atrás de si 8 planetas ainda considerados como tal (além das várias luas que geralmente os orbitam e seguem); tendo ainda atrelados outros planetas entretanto despromovidos (casos dos planetas anões CERES e PLUTÃO), cometas e asteróides e tudo o resto que preenche o Espaço. Viajamos sentados na fila T de um gigantesco Vaivém, atravessando o espaço e a matéria estelar a velocidades incríveis e pelo homem nunca atingidas e protegidos no seu interior por um fortíssimo escudo protector deixando-nos a salvo de todas as influências exteriores e negativas para a nossa existência: com esta máquina mais que divina protegida a toda a sua volta pela HELIOSFERA e reforçada na sua zona dianteira por uma forte e larga camada de matéria, extremamente activa a nível energética e onde brutais forças electromagnéticas se gladiam tentando assegurar a sua supremacia. Até hoje e aparentemente ainda inteira e eficaz e capaz de nos assegurar uma boa viagem através do cosmos.

 

Suponhamos que não necessitamos mais de supor e então encaremo-nos sem restrições ou reservas no espelho onde este gigantesco holograma estará a passar. Mas como tudo o que a vida comporta e que a sua constante evolução demonstra, nada se mantém para sempre inalterável e se cada planeta do Sistema Solar tem as suas características muito particulares e a sua respectiva história cronológica, alguns factores por menos visíveis que sejam parecem ter algo de comum a todos eles e a todo o espaço envolvente: o seu modelo evolutivo e sequencial e a presença quase constante (mesmo que em certos casos minoritária e disseminada) do composto que maioritariamente nos dá a nossa forma e constitui o nosso corpo (em torno dos 60/75%): a ÁGUA. Se por um lado o aparecimento deste composto em diversas regiões do nosso Sistema vai sendo cada vez mais evidente (são cada vez em maior número os corpos celestes que pela sua actividade indiciam a sua existência), por outro lado não andará muito longe da realidade a ideia de que a VIDA se tem deslocado entre bolsas de sobrevivência, deslocando-se e saltando entre planetas de um ponto (exterior) para outro ponto (interior): porque não supor que provocado por um fenómeno simétrico e tomando o Sol como foco, o que hoje verificamos na Terra não se terá passado anteriormente em Marte – e muitos outros milhões e milhões de anos atrás num outro qualquer planeta exterior? Um dia Marte terá sofrido um grande cataclismo que acabou por tomar proporções brutais e globais para esse planeta, destruindo todo o seu ambiente propício à existência de vida e como consequência levando à sua extinção: o sinal que lhe deu origem ainda hoje é visível para além da órbita de Marte (a Cintura de Asteróides), talvez um antigo planeta por nós habitado (ou partilhado) e o anterior local ocupado pela nossa civilização antes de ser sujeita a um novo salto. Agora e como crianças ingénuas e felizes mas ainda inconscientes do seu papel fundamental a desempenhar neste mundo, ainda não queremos reconhecer tal como ele foi, é e será (o mundo e a nossa relação com o Sistema Solar): mas dada a nossa especificidade local acrescida de todas as reminiscências que parecemos interiorizar/exteriorizar constantemente (e que talvez sejam um reflexo real do que já fomos, talvez implicando sermos mesmo os únicos seres vivos nascidos e criados nesta parte minúscula do Universo) talvez sejamos mesmo só Nós (neste buraco) e quanto muito mais uns quantos visitantes passageiros e estrangeiros.

 

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Suponhamos que supor é apenas uma parte da verdade e então tentemos esventrá-la: certamente que na escuridão da nossa mente uma pequena luz aparecerá, se fará sentir e se imporá. Olhemos só mais um pouco para a Terra, para aquilo que já poderemos ter sido e para aquilo que seremos. Se na Terra os indícios de não retorno se acumulam, se em Vénus a juventude do planeta ainda nada esclarece, talvez seja em Marte que encontremos a solução para este segredo: um sinal.

 

Durante a passagem efectuada em meados de Outubro do ano passado a pouco mais de 130.000km de Marte (1/3 da distância entre a Terra e a Lua) e a uma velocidade muito próxima dos 56km/s, o cometa SIDING SPRING oriundo da longínqua Nuvem de OORT (nascido antes da Terra e sendo o resultado de um planeta que não vingou) terá provocado um grande clarão luminoso na atmosfera (seja qual for a sua composição) do planeta vermelho: a partir do planeta Terra vários astrónomos (mesmo amadores) interessados e atentos à ocorrência deste tipo de acontecimentos (imaginem o espectáculo que seria um cometa destas dimensões a passar perto do nosso planeta) assistiram talvez espantados mas também iluminados a algo que nunca pensariam visualizar – num planeta aparentemente morto, sem nenhum indício de vida totalmente confirmado, sem vestígios de aí poder ter existido qualquer tipo de civilização e acima de tudo desértico e em muitos locais extremamente fragmentado (à superfície) e parecendo até por vezes ter sido calcinado (a partir de cima do exterior). Nunca esquecendo a sua baixa gravidade, a inexistência prática de atmosfera e a pouca quantidade de água previsivelmente aí ainda existente (pólos). Apesar das hipóteses oceânicas e da ideia de que em Marte num passado já muito distante já teria existido um oceano. Mas o factor que de momento aqui nos chama é evidentemente outro. Poderá num planeta sem atmosfera a considerar, acontecer um fenómeno como o aí verificado? O que é certo é que a passagem do cometa SIDING SPRING provocou uma clara descarga eléctrica, talvez magnética ou mesmo conjunta, talvez mesmo coadjuvada pelo atrito provocado por tão próxima passagem sobre a superfície de Marte, que tal Evento se tornou imediatamente extraordinário quer pela sua fácil visibilidade por um simples astrónomo amador quer pela sua grande dimensão bem expressa nas imagens. Se tal tivesse acontecido connosco na Terra, o que se teria seguido ou estaríamos ainda todos cá para o contar? No Sistema Solar muitos dos seus planetas principais poderão ter sofrido Incidentes dramáticos e como tal marcantes na sua Evolução: sofrendo alterações tão profundas que os poderão ter deformado, fragmentado e até alterado as suas propriedades e apresentação. Os asteróides e os cometas poderão não ser as únicas consequências destes Incidentes, como também as luas acompanhando esses planetas: estes satélites poderão ser fragmentos daquilo que antes existia de uma forma (os planetas iniciais) e que hoje se nos apresentam de outra – os mesmos onde por coincidência a água aparece em abundância e onde o Homem espera um dia chegar. Um dia um mundo partiu-se, foi destruído ou extremamente alterado, acabando no entanto por lançar no espaço uma ilha de esperança, com água e talvez vida primitiva.

 

O que na realidade sucedeu em Marte aquando da passagem do cometa Siding Spring, foi somente mais um aviso para todos nós e mais um alerta de qual será o próximo Salto da Humanidade: ou nos viramos para o nosso interior (com Vénus a deusa do Amor e da Beleza esperando por nós) ou partimos para outro Sistema ou Galáxia (como os antigos e destemidos descobridores atravessando os perigosos e desconhecidos mares da Terra, mas nunca renegando o desejo de aventura e de conhecimento). Ou em alternativa mais uma Informação para os terrestres escrita pelos extraterrestres, não utilizando neste caso hieróglifos mas fenómenos electromagnéticos. Alguns imaginando mesmo uma guerra em Marte (com a acção a ser encoberta pela passagem do cometa) utilizando bombas atómicas – talvez pensando que ainda existirão sobreviventes da imaginada batalha final (que Marte perdeu).

 

(Fim da 2.ª parte de 2)

 

(imagens – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 16:01