ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Veículos Terrestres em Marte
“Muita pedra (montes dela), muita duna (e bem escura) nada de água (talvez pouca)
e então de vida… nem vê-la!”
Dunas
Aspeto curioso dum Bumbum Dunar
(Curiosity – 14.01.2016)
As duas sondas da NASA – a Opportunity e a Curiosity – lançadas de Cabo Canaveral e tendo como destino final a superfície do planeta Marte, continuam diariamente e de dois pontos com coordenadas distintas a enviar-nos imagens deste mundo árido e desértico: um mundo que aparentemente terá sido sujeito a um processo irreversível de extinção (biológica e hidrológica) há vários biliões de anos e do qual hoje em dia só resta uma superfície maioritariamente como que calcinada e sem qualquer tipo de vestígio de vida (presente ou passada).
Essas duas sondas (Lander e Rover) ainda se mantêm em plena atividade na superfície do planeta Marte, utilizando para as suas explorações no terreno os veículos motorizados (os chamados Rovers) disponibilizados pela Opportunity e pela Curiosity. Entretanto uma terceira sonda enviada pela mesma altura da Opportunity há anos que deixou de transmitir (lander e rover): a sonda Spirit (ativa entre 2004 e 2010).
Marte
Vale da Maratona
(Câmara do rover Opportunity – SOL 4258)
Quanto ao rover da sonda Opportunity o mesmo encontra-se neste momento posicionado nas encostas a norte de Marathon Valley, com o objetivo não só de prosseguir a sua exploração desta região da superfície de Marte como também a dessa forma se poder colocar numa posição mais privilegiada para efetuar o seu regular armazenamento de energia solar (ainda por cima quando o mesmo irá agora atravessar o Inverno marciano). Até ao momento o veículo percorreu pouco mais de 42,65km (distância registada em 12 de Janeiro/SOL 4255).
Marte
Duna de Namib
(Câmara do rover Curiosity – SOL 1223)
Já o rover da sonda Curiosity movimenta-se atualmente na região das dunas de Bagnold (mais precisamente na zona da duna de Namib) localizadas a norte do Monte Sharp – na duna mais alta da região com cerca de 4m de altura. Uma zona de construção dunar marciana onde no entanto a sua formação não acompanha de forma idêntica (estrutural e visual) outras construções marcianas do mesmo tipo.
No caso da duna de Namib com as suas areias a serem arrastadas pela sua superfície seca e ondulada, caindo repentinamente em zonas mais abrigadas (e profundas) das faces da própria duna – que mais tarde e por acumulação acabam por colapsar (em pontos limites dessa duna).
Uma boa oportunidade para os cientistas da NASA perceberem o processo de transporte de areias no interior das formações dunares (pelos ventos marcianos), num ambiente tão diferente do terrestre praticamente sem atmosfera e com menor gravidade.
(imagens: NASA)