ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Verão Bom, Verão Mau
“Não se notando (em Albufeira) nenhuma evolução turística relevante relativamente ao ano passado, mas ainda se esperando que até ao final do mês de agosto o “contingente português” componha decisivamente o cenário (“tendo-se já iniciado o assalto”) – E se o tempo ajudar complementando melhor o desenho, prolongando-se as cores, talvez para lá de setembro.”
Britânicos estão a salvar o ano turístico
(JA/21.08.2019)
Só podem estar a brincar
(PA/24.08.2019)
Albufeira − Praia dos Pescadores
(ainda com praia, mas já sem pescadores)
Se como primeiro comentário diria “só podem estar a brincar”, ao ler o pequeno escrito publicado e ao verificar a fonte consultada pelo seu autor, as imagens projetadas tornaram-se menos enevoadas, confirmando as minhas anteriores suspeitas: descodificando e compreendendo que, “uma resposta antes do início da época, poderá ser diferente da resposta dada depois do fim da mesma”, tratando-se de uma estratégia como outra qualquer, para estar sempre disponível a receber ajudas e subsídios, “esteja-se bem, esteja-se mal”, desde que convenientemente integrado e certificado (oficializado institucionalmente, de acordo com as leis do Estado).
“Como era de esperar, os ingleses dominam o panorama.
O que ninguém esperava é que nem o calendarizado Brexit
lhes metesse travões.”
(JA)
No caso da Região do Algarve sendo nítida uma queda global na presença e ocupação turística, com o mercado do Reino Unido aparentemente a estagnar (com um reduzido crescimento podendo mesmo ser nulo) e apesar de algum aumento dos fluxos turísticos como os oriundos (entre outros) da Alemanha, Holanda, França e até Espanha (este último por períodos mais curtos), com o Verão a poder unicamente salvar-se com a presença maciça de portugueses na região sobretudo na última quinzena de Agosto (e estendendo-se ainda um pouco por Setembro, mais ou menos, dependendo do estado do tempo). Talvez com a única verdade a ser a (reconhecida) queda global registada em julho de 3%, confirmada através do parágrafo iniciando-se com a frase “A queda acentuada desses dois mercados …”.
“Da forma como aquele país (Reino Unido) sair da União Europeia,
“vai depender em grande parte a evolução do Turismo algarvio””.
(Elidérico Viegas/JA)
E com a explicação das explicações (para tudo o que se passa e se tem passado nos últimos anos no Algarve, senão mesmo nos derradeiros 30/40 anos) introduzindo agora o BREXIT, a ser no mínimo incompreensível senão mesmo escandalosa (revelando incompetência por exemplo de perspetivar o futuro), seja no caso dos “travões” − como se os britânicos fossem deixar de vir, antes da saída da UE ser oficializada (“há que aproveitar, enquanto durar”) − ou no outro caso: neste último e desde há muitos e muitos anos optando pela mesma receita (pelos vistos apetitosa, mas só para alguns) da MONOCULTURA TURÍSTICA − como garantia de ocupação e da manutenção de proveitos no mínimo aceitáveis (os mínimos ainda para os outros) – vindo agora justificar o que aí poderá vir de MAU (a nível do fluxo turístico) não pelo seu antigo ERRO cometido (assumido e persistindo), mas com o problema suscitado pelo BREXIT (“o único Culpado”).
[JA: Jornal do Algarve]
(imagem: JA/JA.PT/facebook.com)