ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Vindo aí, a Vaga de Outono
[Tal como no ano passado.]
Café em Madrid
(Outono 2021)
Pela sua alta taxa superior de vacinação acima dos 85% com a Espanha tal como Portugal e segundo os especialistas a poderem estar otimistas quanto a esta nova vaga de Covid-19
Depois de mais uma derrota planetária, mandando o problema da manutenção do Ecossistema terrestre, mais uma vez para trás das costas (até pela imprevista emissão-manifestação de metano, produzido pelo líder da maior potência global) ─ significado da manutenção da utilização dos combustíveis fósseis (como o carvão, o gás e o petróleo), da produção de automóveis baseadas nessas mesmas formas de energia (contrariando a utilização do carro elétrico) e do regresso da construção de novas centrais nucleares (como pretende entre os outros a França) ─ ultrapassada a COP26 (estendendo-se extraordinariamente por sábado e domingo e mesmo assim, sem resultados minimamente aceitáveis) e as suas manifestações interiores (promovendo a boneca “Little Amal”) e exteriores (esquecendo-se da figura da COP25 e Personalidade do Ano, a humana Greta Thunberg), eis que para piorar ainda mais o cenário que infelizmente já há muito se perspetivava (dada a paralisia geral e indiferença em que o Mundo parece ter mergulhado) o planeta parece reentrar num novo período de Crise Sanitária, podendo asfixiar um pouco mais a débil recuperação económica que até agora se parecia registar: a uma nova interrupção na retoma económica podendo-se juntar agora e ainda, o regresso do vírus SARS CoV-2 em força com a chegada de uma nova vaga, sugerindo com uma grande probabilidade de se concretizar ─ mantendo-se a evolução crescente nos números Covid-19 (na Europa, como em Portugal) ─ um período de Inverno, de Natal e de Passagem de Ano, podendo ser (mais uma vez e tal como no ano passado) bem problemático. Talvez pelo convencimento (acreditando-se na sua eficácia) dado pela imunidade de mais de 85% da população portuguesa já estar vacinada e de outros cerca de 10% estarem imunes por já terem sido infetados (tendo recuperado), se verificar para já uma apatia generalizada das autoridades responsáveis, não evidenciando ainda grande preocupação, mantendo o ritmo e (como sempre) esperando (pela evolução dos números e das opiniões maioritárias). Afinal de contas (e graças ao Presidente e ao PS) só para o ano se tendo Governo. Entretanto mantendo-se bem visível nos gráficos globais o crescimento (para já ainda moderado, não refletido no nº de óbitos/dia) do nº de infetados/dia, a nível mundial com as infeções a crescerem +7%/semana e os óbitos quase +1%/semana, contribuindo fortemente para isso a América do Sul (mais uma vez com o Brasil à cabeça) ─ numa semana +15% de infetados e +12% de óbitos ─ e a Europa (liderando aí a Rússia) ─ numa semana +13% de infetados e +6% de óbitos. Relativamente à evolução em Portugal no dia de hoje (15.11) e segundo dado da DGS, confirmando-se +974 infetados e +8 óbitos (Algarve +106 infetados/+1 óbito), com o nº de internados a fixar-se agora nos 470 (+5) e o nº de doentes internados em estado grave/crítico de 76 (+1). E confirmando o crescimento dos parâmetros sugerindo estarmos já numa “nova vaga Covid-19”, com a taxa de incidência a continuar a subir (agora de 134,2 para 156,5), assim como o índice de transmissibilidade (agora de 1,15 para 1,16). Com todos os indicadores a subirem e aumentando os internamentos, com Portugal a sair da zona verde da matriz de risco, entrando agora no laranja, lançado (se nada nem ninguém impedir esse rumo) em direção ao vermelho.
(imagem: A. Pérez Meca/Europa Press/elpais.com)